27/03/2017

RESENHA: PERDÃO, LEONARD PEACOCK - MATTHEW QUICK

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Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto. 

Título: Perdão, Leonard Peacock
Autor: Matthew Quick
Editora: Intrínseca
Numero de páginas: 224
Ano de publicação: 2013  
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
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Nesse livro, conhecemos um adolescente que está fazendo dezoito anos e está se dando de presente um dia de despedidas das pessoas mais importantes de sua vida, e posteriormente ele pretende não só tirar a própria vida como também a do ex melhor amigo.
Sabe quando você tem uma opinião formada sobre um livro, mais não sabe muito bem como se expressar sobre ele? Pois é, é exatamente esse o problema que estou enfrentando ao fazer essa resenha. Portanto serie bem breve em minhas palavras e espero que as mesmas sejam suficiente para convence-los a ler esse livro.
A escrita Matthew Quick é como uma poesia, que te guia pelas páginas de forma direta e intensa, se fazendo senti um misto de apreensão e muita curiosidade. Sem se prolongar além do necessário o autor  Acompanhar essa história pela visão do protagonista foi bastante angustiante, principalmente por acabarmos conhecendo-o tão bem ao longo da leitura, que torna-se quase impossível não compreender o Léo e partilhar de suas angustias e frustrações.
Detesto admitir que houveram sim alguns micro trechos em que a leitura perdeu um pouco sua fluidez e sua intensidade. Mas isso não foi algo que pesou em meu julgamento final sobre livro ou fez que com eu pensasse em desistir da leitura.
Alguns trechos específicos que sem dúvida contribuíram para tornar a leitura ainda mais emocionante e intensa foram as cartas que interrompem a história em alguns momentos, sobre as quais só descobrimos mais detalhes mais adiante. No inicio elas podem causa estranhamento, já que não têm nada haver com a história que está sendo narrada, mas após mais algumas aparições eles acabam se tornando parte da trama, principalmente após descobrir-mos seu significado.
O livro vai muito além da história de um adolescente que planeja suicídio. O autor faz criticas sobre diferentes áreas da sociedade, e nós faz enxerga-la de outra forma. Além de nos fazer refletir através do próprio protagonista sobre como as pessoas que estão ao nosso redor podem nos influenciar de maneiras tão distintas, sejam pessoas que vimos apenas uma vez, professores ou até mesmo nossos vizinhos. A obra como um todo é muito rica e aborda diferentes temas sem que ao menos percebamos durante a leitura.
E como não poderia deixar, o autor não deixou de nos surpreender nem mesmo no final. Concluindo sua obra de maneira brusca e impactante, ele deixa ao leitor mais uma questão para se pensar. Esse fim foi só uma das inúmeras surpresas que a leitura possui.

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