Título: Silo
Autora: Hugh Howey
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 512
Ano de Lançamento: 2014
Avaliação:
O que você faria se o mundo lá fora fosse fatal, se o ar que respira pudesse matá-lo? E se vivesse confinado em um lugar em que cada nascimento precisa ser precedido por uma morte, e uma escolha errada pode significar o fim de toda a humanidade? Essa é a história de Juliette. Esse é o mundo do Silo.
Em uma paisagem destruída e hostil, em um futuro ao qual poucos tiveram o azar de sobreviver, uma comunidade resiste, confinada em um gigantesco silo subterrâneo. Lá dentro, mulheres e homens vivem enclausurados, sob regulamentos estritos, cercados por segredos e mentiras.
Para continuar ali, eles precisam seguir as regras, mas há quem se recuse a fazer isso. Essas pessoas são as que ousam sonhar e ter esperança, e que contagiam os outros com seu otimismo.
Um crime cuja punição é simples e mortal.
Elas são levadas para o lado de fora.
Juliette é uma dessas pessoas.
E talvez seja a última.
Uma das características que mais me impulsionaram para fazer a leitura foi, não só a premissa, mas a curiosidade em saber como é possível que haja uma sociedade funcionando dentro de um silo, e de como a vida chegou a esse estádio.
Nessa distopia onde a terra já não é mais como conhecemos, o autor narra uma história de uma mundo devastado e sem esperança, onde a própria protagonista será encaminha para a morte.
Parece cruel e desumano viver em uma mundo onde cada nascimento precisa ser precedido de uma morte, a verdade sobre o mundo é trancada a sete chaves e a verdade pode significar o fim de tudo. A limpeza é a punição dada aos infratores, onde esses são mandados para o lado de fora para fazerem a limpeza das câmeras e, consequentemente, morrem.
Apesar de o enredo gira em torno da protagonista, o foco da narrativa em terceira pessoa não fica só em cima dela. Outros personagens também tem seu ponto de vista narrado ao decorrer da história, o que torna a leitura muito mais dinâmica e rica, já que temos visões diferentes dos fatos.
Um dos grandes destaques do livros é a escrita do autor que é notavelmente bem construída e poética, o que resultou em várias marcações incríveis, mas também fluida e bem desenvolvida.
O livros é dividido em cinco partes, onde, o fim de cada uma é marcado por uma revelação/reviravolta que torna impossível deixar a leitura de lado. Apesar disso, um ponto, talvez negativo, é o desenvolvimento lento da história, o que torna o livro um pouco cansativo.
Foi uma leitura bem mais densa do que eu estou acostumada, mas foi ótima. Hugh Howey criou um universo muito bem elaborado e cheio de segredos que aos poucos vão sendo revelados.
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